Saudações Eternas, Amiga, irmã e Companheira de Luta

Aquando do sabimento desta notícia, lembrei-me, de imediato, do meu amigo, Saido Bá, que partiu para o céu do nosso Senhor em Outubro de 2008. A tristeza foi a mesma, o ar que subiu e desceu de mim, naquele exacto instante , é indecifrável por palavras humanas. Na verdade não senti nada, me não senti naquela hora. Só pensei: ela morreu como? o que o espera agora? São perguntas que comumente as pessoas não fazem a ninguém (nem a Deus) e nem a si mesmos, aquando da morte dum ente querido, conhecido, ou desquerido.
Uma coisa é certa: a morte, tal qual a vida, é um mistério sim. Por isso acredito que a morte não é (como nunca foi) morte na essência, mas a própria vida no recôdito do seu verdadeiro ser. Quiçá a vida dançando e trocando de suas facetas, e se fazendo imperceptível, imperfeita como é na fundeza, limitada. Mas é vida.
Minhas palavras são palavras dum poeta e servo do senhor Jesus que sente muita tristeza em perder alguém que conheceu, a quem se amigou, com quem conviveu (apesar de pouco devido a situação geográfica)... Minhas palavras, adorndas de mudez, enfeitadas com líricas que a expressão da alma limita-se a cantar com sussuros, pois é triste. Por uma única razão: Mais uma vez, na luta árdua de se conseguir realizar na vida, ter uma formação superior, apoiar no desenvolvimento do seu país, da forma aparentemente mais correcta, ajudar decerto a família, uma jovem bissau-guineense (de novo a Guiné) no ápice da vida juvenil, com seus somente 26 anos de vida, parte através da morte para um mundo desconhecido. E o estado da Guiné-Bissau, de mãos cruzadas, inerte enquanto a família enlutada e o estado que deveria também assim se sentir, simpleste fica de silêncio, enquanto sofremos cá, mendigando serviços de auxílio, como aconteceu com Saido. É triste, e isto realmente entristece os demais estudantes e decerto provoca desmotivação em alguns.
O nosso governo já não nos ajuda com nada que se chama dinheiro ou incentivo ou encorajamento. Nada notável e nem em segredo.
Sanhob Cá, ex-estudante guineense de Enfermagem em Maceió - Brasil

Sanhob Manuel Cá, ex-estudante de enfermagem, morreu. O estado guineense deveria participar de todo o processo e saber junto das competências brasileiras o que foi que na verdade originou esta morte precoce, a meu entender dos factos. O estado guineense deveria urgentemente recorrer a quem de direito com o fim de levantar as causas desta doença e das medidas tomadas pelo Hospital Universitário onde ela encontrava-se internada. O estado guineense deveria, no mínimo, custear o translado dos restos mortais da nossa amiga e colega de batalha. Mas o que se vê e se lê paira em volta disto, como os jornais observam: " A estudante morreu no último dia 06, no Hospital Universitário, vítima de infecção generalizada e a famíia dela não tinha  [assim como o estado do seu país não quer ter e nem saber de] condições financeiras de pagar o traslado. Este facto é lamentável. Nós, estudantes guineenses, e africanos sendo mais abrangente, gostaríamos de ver e ter a participação activa dos nossos governantes cá fora. Gostaríamos de nos sentir importantes para o nosso país, representado pelas pessoas que o lideram.
Sanhob, nossa querida, lamentou a morte do Saido, mas no dia 06/12 do corrente partiu-se do mesmo modo, num hospital e através da morte. E parece-me que não existe outra forma de os humanos partirem desta a não ser a morte.
Enquanto o estudantes guineenses, e africanos, estão cá enlutados pela morte ou perda da amiga, irmã e companheira de luta, Sanhob Cá, os governates guineenses e africanos (na maioria esmagadora) continuam submersos na confluência de espúrios visões e interesses e alianças nebulosas (como a OUA de Kadaf) com fins alimentados pela corrupção, ignorância da palavra de Deus, mentira, desprezo do povo, et cetera, enquanto que a ganância não perde tempo, segue encobrindo as visões e o deus deste século, o qual não ignoramos os ardis, segue encegando os corações dos homens. ACORDA, ÁFRICA! ERGA-TE DO ABISMO, OH GUINÉ! CUIDA DOS TEUS FILHOS!
Cuidar do povo é obrigação do estado. A saúde guineense não de se considerar muito, para não dizer confiar. Eu digo e afirmo isso, pois minha mãe é enfermeira e vive muito dentro dos hospitais também, de forma que vi, in loco, a real situação dos nossos hospitais. Desta feita, é difícil dizer que um guineense tem ou está em boa situação de saúde. É dúbio.
Minha maior tristeza nesta ocasião, tem sua fonte simplesmente no evangelho que deixei de pregar para esta menina. Meu dever era pregar o evangelho para ela, mas não o fiz. É lamentável, mas eu tenho que me perdoar, pedir perdão a Deus por não fazer o que deveria fazer. Estive com ela ainda em Setembro do ano passado, mas nada a falei sobre aquele que é a vida. Mas isso serve-se de um exemplo para todos nós.
Devemos nos apressar porque a morte vem e ninguém sabe a hora que haverá de chegar. Ela vem sem falhar, de um jeito ou do outro, ela virá. Devemos estar prepardos: eis a veradade.
E, meus irmãos, cuidemos do nosso corpo. Não gastemos o nosso tempo nas festas, e nas práticas que se mastigarão nosso físico. A imoralidade sexual é um mal próprio. O próprio corpo paga. Cuidemo-nos, da nossa saúde. É sempre bom previnir que remediar. Sejamos prudentes em tudo.
E ao governo guineense, eu gostaria de perguntar qual é a razão da morte? Apesar de isso mudar nada nela já morta, mas poderia evitar quiçá a morte de mais alguém.
Meus pésamos indizivéis a toda a família Cá, aos estudantes africanos em Maceió, aos guineenses e africanos no Brasil, e a Guiné-Bissau, e a África. Não direi e pedirei a ninguém que a alma da nossa amiga descanse em paz. Pois sei que isso depende de como ela viveu cá e por quem ela viveu. Mas direccionarei a todos os meus irmãos esta pergunta: Tu vives realmente agradando a Deus, o dono da vida?
Se tu não vives assim, comece ontem, nunca hoje nem amanhã. Com isso quero dar mostra à urgência que a vida com Deus exige a quem ainda está longe dela.
Mas a Sanhob, que deixou-nos para sempre, ficando-nos só as lembranças, mando saudações eternas.

"Assim seguimos mortos duas vezes, sem o melhor da terra, sem o olhar, o melhor de Deus. Isto se a fé em Cristo, durante o tempo nesta terra, for-nos uma utopia. Sendo o contrário disto positivo." DB

Sob graças de Cristo,

Delo Belo

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