A PROSPERIDADE PARA OS CRISTÃOS É E ESTÁ NO IDE
Aos Pregadores da Prosperidade:Ensine-os o Ide
Uma mudança fundamental aconteceu com a
vinda de Cristo ao mundo. Até aquele tempo, Deus focou sua obra
redentora em Israel com obras eventuais entre as nações. Paulo disse:
“Nas gerações passadas, [Deus] permitiu que todos os povos andassem nos
seus próprios caminhos” (Atos 14:16). Ele os chamou de “tempos da
ignorância.”
“Não levou Deus em conta os tempos da ignorância; agora, porém,
notifica aos homens que todos, em toda parte, se arrependam” (Atos
17:30).
Agora o foco passou de Israel para as nações. Jesus disse: “O reino
de Deus vos será tirado [Israel] e será entregue a um povo que lhe
produza os respectivos frutos [seguidores do Messias]” (Mateus 21:43).
Um endurecimento veio sobre Israel até que o número total das nações
entrasse (Romanos 11:25).
Uma das principais diferenças entre essas duas épocas é que, no
Antigo Testamento, Deus glorificou amplamente a si mesmo ao abençoar
Israel, de modo que as nações pudessem ver e saber que o Senhor é Deus.
“Faça ele [o Senhor] justiça ao seu [...] povo de Israel, segundo cada dia o exigir, para que todos os povos da terra saibam que o SENHOR é Deus e que não há outro” (1Reis 8:59-60).
Israel não foi enviada como uma “Grande Comissão” para ajuntar as
nações; pelo contrário, ela foi glorificada para que as nações vissem
sua grandeza e viessem a ela. Então, quando Salomão construiu o templo
do Senhor, foi espetacularmente abundante em revestimentos de ouro.
O Santo dos Santos tinha vinte côvados de comprimento, vinte côvados
de largura e vinte côvados de altura. E foi coberto com ouro puro. Ele
também cobriu de ouro um altar de cedro. E Salomão revestiu o interior
da casa com ouro puro, e fez passar correntes de ouro frente ao Santo
dos Santos, o qual também cobriu de ouro. E cobriu de ouro toda a casa,
inteiramente. Também cobriu de ouro todo o altar que estava diante do
Santo dos Santos. (1Reis 6:20-22)
E quando ele mobiliou o templo, o ouro mais uma vez se tornou igualmente abundante.
Então Salomão fez todos os utensílios que estavam na casa do Senhor: o
altar de ouro, a mesa de ouro para os pães da proposição, os castiçais
de ouro finíssimo, cinco à direita e cinco no lado sul e cinco no norte
diante do Santo dos Santos; as flores, as lâmpadas e as linguetas,
também de ouro; as taças, espevitadeiras, bacias, recipientes para
incenso e braseiros, de ouro finíssimo; as dobradiças para as portas da
casa interior e do Santo dos Santos, também de ouro. (1Reis 7:48-50)
Salomão levou sete anos para construir a casa do Senhor. E então
levou treze anos para construir sua própria casa (1Reis 6:38 e 7:1). Ela
também era abundante em ouro e pedras de valor (1Reis 7:10).
Então, quando tudo estava construído, o nível de sua opulência é
visto em 1Reis 10, quando a rainha de Sabá, representando as nações
gentias, vai ver a glória da casa de Deus e de Salomão. Quando ela viu,
“ficou como fora de si” (1Reis 10:5). Ela disse: “Bendito seja o SENHOR,
teu Deus, que se agradou de ti para te colocar no trono de Israel; é
porque o SENHOR ama a Israel para sempre, que te constituiu rei” (1Reis
10:9).
Em outras palavras, o padrão no Antigo Testamento é uma religião
venha-ver. Há um centro geográfico do povo de Deus. Há um templo físico,
um rei terreno, um regime político, uma identidade étnica, um exército
para lutar as batalhas terrenas de Deus, e uma equipe de sacerdotes para
fazer sacrifícios animais pelos pecados.
Com a vinda de Cristo tudo isso mudou. Não há centro geográfico para o
Cristianismo (João 4:20-24); Jesus substituiu o templo, os sacerdotes e
os sacrifícios (João 2:19; Hebreus 9:25-26); não há regime político
Cristão porque o reino de Cristo não é deste mundo (João 18:36); e nós
não lutamos batalhas terrenas com carruagens e cavalos ou bombas e
balas, mas sim batalhas espirituais com a palavra e o Espírito (Efésios
6:12-18; 2Coríntios 10:3-5).
Tudo isso sustenta a grande mudança na missão. O Novo Testamento não
apresenta uma religião venha-ver, mas uma religião vá-anunciar. “Jesus,
aproximando-se, falou-lhes, dizendo: Toda a autoridade me foi dada no
céu e na terra. Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações,
batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo;
ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado. E eis que
estou convosco todos os dias até à consumação do século” (Mateus
28:18-20).
As implicações disso são enormes para a forma que vivemos e a forma
que pensamos a respeito de dinheiro e estilo de vida. Uma das
implicações principais é que nós somos “peregrinos e forasteiros”
(1Pedro 2:11) na terra. Nós não usamos este mundo como se ele fosse
nosso lar de origem. “A nossa pátria está nos céus, de onde também
aguardamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo” (Filipenses 3:20).
Isso leva a um estilo de vida em pé de guerra. Isso significa que nós
não acumulamos riquezas para mostrar ao mundo o quão rico nosso Deus
pode nos fazer. Nós trabalhamos duro e buscamos uma austeridade em pé de
guerra pela causa de espalhar o evangelho até os confins da terra. Nós
maximizamos o esforço de guerra, não os confortos de casa. Nós criamos
nossos filhos com a visão de ajudá-los a abraçar o sofrimento que irá
custar para finalizar a missão.
Então, se um pregador da prosperidade me questiona sobre as promessas
de riqueza para pessoas fiéis no Antigo Testamento, minha resposta é:
Leia seu Novo Testamento com cuidado e veja se você encontra a mesma
ênfase. Você não irá encontrar. E a razão é que as coisas mudaram
dramaticamente.
“Porque nada temos trazido para o mundo, nem coisa alguma podemos
levar dele. Tendo sustento e com que nos vestir, estejamos contentes”
(1Timóteo 6:7-8). Por quê? Porque o chamado a Cristo é um chamado para
participar de seus sofrimentos “como um bom soldado de Cristo Jesus” (2
Timóteo 2:3). A ênfase do Novo Testamento não são as riquezas que nos
atraem para o pecado, mas o sacrifício que nos resgata dele.
Uma confirmação providencial de que Deus planejou esta distinção
entre uma orientação venha-ver no Antigo Testamento e uma orientação
vá-anunciar no Novo Testamento, é a diferença entre o idioma do Antigo
Testamento e o idioma do Novo. Hebraico, o idioma do Antigo Testamento,
não era compartilhado por nenhum outro povo no mundo antigo. Era
unicamente de Israel. Isto é um contraste surpreendente com o Grego, o
idioma do Novo Testamento, que era o idioma de comércio do mundo romano.
Então, os próprios idiomas do Antigo e do Novo Testamentos sinalizam a
diferença de missões. O hebraico não era apropriado para missões no
mundo antigo. O grego era perfeitamente apropriado para missões no mundo
romano.
FONTE: VOLTEMOS AO EVANGELHO
OBS: Esse post é a décimo de uma série de doze. O conteúdo vem de “Doze Apelos aos Pregadores da Prosperidade”, que pode ser encontrado na nova edição do “Let the Nations Be Glad”Regozijem-se as Nações, publicado pela Editora Cultura Cristã*).
SOB GRAÇAS DE CRISTO,
DELO
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