Hoje, completa 37 Anos de Independência a Guiné-Bissau


Emblema da República  






 O dia que o 24 de Setembro marca hoje, recomemora em nossos corações e relembra-nos do mesmo dia há 37 anos atrás. O dia em que os combatentes da Liberdade da Pátria, liderados, pelo que defende a história mal-contada, pelo PAIGC, Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde.
Esta é a Guiné, a querida e mui sonhada Guiné-Bissau, que homens projetaram, que para sua liberdade (da opressão portuguesa) muitos sangues obedeceram a lei da procura, isto é, pagando mui caro, com as próprias vidas, o que a nação mais desejava no momento, a liberdade. Irmãos nossos eram escravos escravizados pelo domínio colonial português, muitos deles levados nos porões das caravelas portuguesas semelhante a  e vendidos como mercadorias em desuso. 
Porém, não obstante todas as duríssimas dificuldades e desumanos tratos e massacres impostos pelo colonizador,esta terra teve e granjeou filhos para si, filhos que descontentes, inconformados com a situação que passava, por amor a pátria e ao povo, decidiram lutar. A causa da luta era a opressão, era a falta de voz mesmo não sendo mudo, numa terra que pertencia-os. Tinham que tentar de alguma forma reverter a situação, tinham que lutar. Mas, pelo que soube, as armas foram as últimas tentativas, e parece que funcionaram. Conseguimos o tão esperado resultado, chamaram-no, não sei nem quem, por LIBERDADE.

Mas de que vale a liberdade se não foram tomados, optados e seguidos os caminhos certos para consegui-la? Eu sou daqueles, apesar de poucas, que não concorda e nem vê valor em acreditar nos sofismos de tipo: "não importa os caminhos a seguir, somente deve-se conseguir os objeticos". Condeno completamente esta ideia. Pois é o ontem que decide o hoje e prescreve o amanhã, que em breve em hoje se transforma. Pois os ações são vigentes e repetitivas, por mais que o homem tente, não consegue e nem conseguirá controlar nada, nem a si mesmo.

De que presta a liberdade se temos que pisar o coração do povo com as patas de um dragão para consquistá-la? Se temos que fingir que em tudo está-se bem enquanto que o país parece um sepulcro caiado, com meras tintas de maquiagem na cara, porém lacrimejando sangues por dentro? Que liberdade é esta, em que finge-se que a miséria da massa popular não existe, em que o povo, o bem maior do país, é pior que um zero dentro do país?
Digo-vos pois, que essa liberdade não existe e nunca existiu no nosso país. Dever-se-ia, como pensariam os radicais, comerar 37 anos de luta pela sobrivivência num dos 10 países mais pobres do planeta.

E digo ainda: Somos livres sim, mas não libertos ainda!
 


Amilcar Lopes Cabral
Morreu Amilcar Cabral, o então líder da luta e hoje patrono da nação; morreram outros ainda. Mas o assassino continua impune e solto porque nós, guineenses, alegramo-nos, dá-nos muito prazer seguir caminhos tortos e esperar resultados bons. Esse romantismo não existe. Isso só existe nas cabeças que pensam que são alguma coisa. Somos simplesmente homens e humanos. Como pelo exemplo dos que já partiram, devemos reconhecer e ter a consciência de que, realmente, morreremos. Um dia morreremos. E o que restará desta terra que durante 37 anos secos e inteiros só mastigou sangues, sei lá se inocentes ou não, já que ninguém é inocente, todos pecaram e destituídos da glória de Deus estão, diz Paulo aos Romanos. São e foram 37 anos de lamúria, angústia, melancolia, de chagas que jamais sarar-se-ão, cicatrizes incurbados, de guerras e pancadarias e assassinatos em plena praça pública. 37 anos de impunidade. 

Mas pergunto: Como é que teremos justiça, se nesta terra, quase todos guineenses têm alguma sujeira nas costas com a justiça? Se até a justiça é composta pela injustiça, no que aos atores da justiça se refere e incluindo o povo que também faz parte da justiça? Não haverá justiça sem justiça? São muitos os problemas e assaz numerosa a multidão das pessoas sacrificadas, que estão em desconsolo por uma perda, gente que está em perda e que a justiça, pelo menos esta da Guiné e humana, não consegue solucionar, por que, simplesmente está impura. 
A justiça consegueria abrilhantar 37 anos de Indenpendência que, decerto, estender-se-ia abrangendo a estabilidade política, a paz, o verdadeiro amor a pátria (pois os guineenses não o têm ou só quando na diáspora), o assaz almejado desenvolvimento que a gente guineense tanto sonha e nutre a esperança de, um dia, ter.

Para conseguirmos sair das profundezas das Fossas das Marianas onde, hoje, encontramo-nos cingindo o nosso país ao invés do nosso chão cingir-nos, precisamos da verdade. Parafraseando a Sagrada Bíblia, se conhecermos a verdadeira verdade, verdadeiramente seremos livres e libertados. A verdade não vem do homem, se viesse, os guineenses não seriam um dos mais mentirosos povos do mundo, mentindo até para irmãos, e incrivelmente ludribriando-se a si mesmo. A verdade não é algo que olhos nús e humanos enxergam, pois para contemplar a paz é preciso amor, é preciso real amor e esse amor é Cristo, o que a Guiné não possui. Porque a Verdadeira verdade que nos falta é Cristo, o Emanuel, o Deus que revelou aos homens.

Trinta e sete anos a comemorar mais uma vez, longe dos meus e da minha querida e sempre amada terra. Mais um ano sem poder pisar descalço, com as minhas patas, o chão que viu-me aterar o universo. Mas estar junto não significa necessariamete contato direto. Por acredito que carrego em mim e meu viver a Guiné-Bissau que tanto amo. O povo guineense que tanto admiro e represento. O África que amo e defendo. Ao povo africano que segamente amo e luto para instruir sobre a verdade.

Criança guineense
Esta gente, sofrida e miserável de matéria e Espírito, vive sob opressão até de irmãos, mas vive. Não reclama, pois nem voz tem, mas vive, mas folega, mas sorri e se ama. A esperança desta gente parece imortal, o sorriso na cara não é falso. Mostra a fé no amanhã, apesar de este ser incerto e sumamente incorreto. O sorriso cara e bariga esfoemada, não é falsidade nem fingimento, pelo contrário, é o duro acreditar que a terra ainda tem chances de ser salva, redimida, regenerada. A terra ainda pode ser restaurada dos pés às cabeças. 


Bandeira Nacional da Guiné-Bissau
A Guiné-Bissau precisa saber que o que precisa não é de homens honestos ou com princípios firmes e comungantes com a maré do que se diz (pois acredito que é falsa ), moral. A nossa querida e sempre assaz estimada Guiné, quer homens que a mudam, porém digo que o que precisa é de Cristo. É Deus quem traz a paz que carecemos, meus irmãos. Ele disse a Moisés, no deserto, que confiante ele podia seguir sua caminha, pois ele o acompanharia e DESCANSO seria para ele. E ele cumpriu. 

A Guiné-Bissau, só precisa de Deus, da salvação mediante a fé em Cristo.

Parabenizo, mesmo que através desta via, a todos os africanos, em especial os guineenses por mais um aniverário comum, pelos 37 anos de histórias que apesar de tristes e entristecidas, nos fazem e nos mantêm guineenses e africanos. Precisamos mudar a Guiné, nós podemos, com a força e ajuda divinas, transformar a nossa pátria, sim, com Cristo podemos. 

"...vislumbro tua face, Guiné
  desta janela tão toda e minha
   canto a cantiga do teu sono
do sono que negou-te a vivência
porque o sonho imortal partiu-se
 viandou para longe
mas ainda confio na tua mudança
aquela gerada dos céus

aquela que nasce na fonte do coração
trazendo paz real 
e nova existência e desafios
aquela que meu povo 
ainda desconhece..."




Sob as graças de Cristo,

Delo Belo

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